alfabeto

24.6.06

Jorge Castro


da arte poética


a rima no alfobre onde se arruma
a quadra mera estrofe ou um soneto
se arrimada a ritmo doce em sumaúma
da palavra silabada qual ornato
não tem tempo nem lugar e cada uma
criará outro alimento ao entreacto
onde até o mar azul se faz de espuma
onde até o céu de anil é de outro trato
dando corpo e alento vário à ideia bruta
num afago que afeiçoa a alma à outra.

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9.6.06

Júlio Amaral Melo


Edward, O Mala

Quando Márcia chegar:
eu quero um poema lavoura.
colocarei meus cabelos
à disposição da tesoura

do Edward
, segurarei o coração a disparar.
o desespero vai dá 1 rolê com as andorinhas.
vou poder trocar figurinhas
com a médica, (sazão do arar
desse agrícola), menos bobo quão mais tolo.
ñ vou pedir autógrafo, mas vou tentar 1ma foto!
se um peixe rolar, ou um bolo:

vai ser porque bancarei num lugar legal
que escolherei ou ela quiser fugir dum barulho de moto.
(ñ direi nada), contemplarei-a, se olhos forem mingau.

...

Onde você estiver, Júlio, para sempre o meu beijo.

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